Sou bacharel em Psicologia e, ao longo da minha formação, descobri que essa profissão não é apenas uma escolha, mas um caminho de vida. Desde os primeiros momentos da graduação, percebi que havia algo profundamente transformador na escuta terapêutica — uma escuta que vai além das palavras e acessa o que muitas vezes nem o próprio sujeito consegue nomear. Fui sendo tocado, aos poucos, pela singularidade de cada história, pela riqueza do mundo interno de cada pessoa, e pela força contida nos silêncios, nas dores, nas buscas e nas possibilidades de ressignificação. A Psicologia, para mim, é uma prática de presença, de humanidade e de acolhimento do outro em sua inteireza.

      Ela exige sensibilidade, ética e um olhar livre de julgamentos — algo que cultivo como princípio e compromisso em cada encontro clínico. Ao escutar alguém, não estou apenas diante de uma queixa ou de um diagnóstico, mas diante de uma existência que carrega memórias, desejos, marcas e esperanças. Sou movido por uma curiosidade genuína sobre o funcionamento psíquico, pelas raízes emocionais que moldam nossas escolhas, padrões e vínculos. Gosto de investigar os caminhos que a história de vida traçou até aqui — não para rotular, mas para compreender com profundidade e, a partir disso, abrir novos sentidos e possibilidades. Acredito que quando a pessoa começa a se enxergar com mais clareza e acolhimento, ela também começa a se movimentar com mais liberdade e verdade na vida. Escolhi a Psicologia porque acredito que o encontro entre terapeuta e paciente pode ser um território fértil para o autoconhecimento, para o amadurecimento emocional e para a construção de uma vida mais consciente, com menos peso e mais sentido.