Por que é tão difícil dizer “não”? A psicologia explica

Dizer “não” pode parecer simples, mas para muitas pessoas, essa palavra carrega um peso emocional enorme. A dificuldade em negar pedidos, impor limites ou recusar convites muitas vezes está relacionada a questões profundas, como o medo da rejeição, a necessidade de aprovação e a culpa por priorizar a si mesmo.

Segundo a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), um dos enfoques mais utilizados na psicoterapia atual, esse comportamento geralmente está ligado a crenças centrais disfuncionais, aprendidas ao longo da vida. Frases como “se eu disser não, vão pensar que sou egoísta”, ou “as pessoas só gostam de mim se eu estiver sempre disponível” são exemplos de pensamentos automáticos que influenciam diretamente nossas ações.

O problema é que, ao dizer “sim” quando se quer dizer “não”, o custo emocional tende a ser alto: sobrecarga, ressentimento, esgotamento físico e mental, e até mesmo dificuldade de manter relações saudáveis.

A TCC propõe uma abordagem prática: identificar os pensamentos distorcidos, analisá-los com base em evidências, e construir respostas mais realistas e equilibradas. Aprender a dizer “não” de forma assertiva, sem agressividade nem submissão, é uma habilidade essencial para o bem-estar emocional e para o fortalecimento da autoestima.

Dizer “não” não significa rejeitar o outro, mas reconhecer seus próprios limites. E isso é um sinal de maturidade, não de egoísmo.

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